
Começo hoje aqui pequenos textos sobre estas eleições que se aproximam. É evidente que dificilmente serei imparcial, ainda assim pretendo manter a coerência...
Neste primeiro texto tenho de falar de Laurinda Alves e a reboque (e sem que tenha culpa alguma de Miguel Portas).
Vamos por partes. Em primeiro lugar Laurinda Alves é uma personagem convencida, que me irrita profundamente e não é de hoje e, que agora quer ser euro-deputada... Porquê? pelos cidadãos... pelas causas... Porque não ao lado de um grande partido? "tenho tido convites, mas as minorias é que fazem mover o mundo..."
Muito bonito, lindo mesmo... E vai daí, Laurinda é a mediática candidata do MEP (Esperança Portugal). E qual é a ideologia do MEP? Não estão ligados a ideologias, mas a causas...hmmm. Propostas concretas para uma política europeia? Defender os cidadãos comuns "com uma politica positiva". Como é que nunca tinha pensado nisto: Em Portugal e por toda a Europa só se faz política pela negativa, mas agora com a hipótese Laurinda em Bruxelas...hmmm. A que corrente europeia se juntarão?hmmm...
Ainda em relação ao mep e à laurinda tive a infelicidade de ver um dos tempos de antena. Para além de todo o vazio de ideias que disse atrás e do apoio fortíssimo de Catalina Pestana, eis que me aparecem uma série de jovens entre os 18 e os 21 anos a dizerem que agora sim, sentiam-se motivados para votar. E sabem porquê? Não porque nunca tenham podido votar antes, aliás isso é um pormenor, mas porque a Laurinda é candidata. Faz dó. Espero que atrás da Laurinda só o PNR, mas temo que não.
E é aqui que entra sem querer Miguel Portas, que a meu ver, até está a fazer excelente campanha... Contudo há dois ou três dias decidiu sair-se com a ideia demagógica dos jovens poderem começar a votar desde os 16 anos. Qual o argumento deste homem de esquerda? se já podem trabalhar aos 16 anos porque não votar? Muito bem. Não aprova então o BE que se comece a trabalhar só a partir dos 18 aumentando a escolaridade obrigatória com bolsas estatais? Está disposto o BE a ter nas prisões comuns jovens de 16 anos? e na tropa?
Em relação a demagogia estamos conversados, mas depois há outra questão. Miguel Portas diz que se os jovens puderem votar mais cedo, mais cedo se interessarão por política e justifica-o dizendo que com 15 anos já pertencia à JCP. Mas então na altura votava-se aos 16 anos ou essa de poderem votar para se interessarem por politica trás alguma na manga?
Eu não sei... Mas depois dos betinhos do MEP não me apetece ver putos dizer que vão votar Bloco pela legalização das drogas ou no PCP para haver preservativos na escola (e atenção que não estou contra as medidas)ou pelo contrário, dizer que não votam em alguém que lhes exiga mais. Não faz sentido... E depois seria preciso toda uma revolução educacional, cultural, social para que estes jovens saibam decidir e bem por si. Falo a nível politico.
Como não estou no messenger não sei o que a rapaziada de 16 anos pensa de tudo isto...
Até breve